Blog: comunicação e marketing. Lições de um site internacional, fev/12. Por Claudia Komesu.
– O site foi estruturado de uma forma que não passa a sensação de muito texto, apesar de ter bastante conteúdo. Ele evita páginas longas, as informações são organizadas como links para quem quer saber mais sobre o assunto. – Há muita informação detalhada sobre os passeios. Descrições em tom animado da linguagem do turismo, mas sem omitir nenhuma informação importante. Eles criaram uma prática tabela que resume os destaques do passeio, grau de dificuldade, oportunidades fotográficas. Também há PDFs com a descrição do passeio dia-a-dia. Se algum dos passeios exige várias horas na van, isso está explícito, se será necessário acordar às 3h30, isso está escrito. – Cada página de descrição do passeio tem uma boa estrutura, com as informações importantes no topo, e uma galeria em lugar de destaque, para você já olhar as fotos de espécies incríveis e se entusiasmar. – O site não comete o erro de listar todos os destinos como um submenu gigantesco. Você clica em um link, ele abre uma página com miniaturas de fotos chamativas, título e link para o destino. Assim, em vez da pessoa ver apenas palavras, ela é seduzida por uma foto chamativa e o início da descrição do passeio. – As fotos são bem escolhidas e impactantes. Estudar o que já existe é uma das melhores formas de aprender e aprimorar nosso conhecimento O Rockjumper sintetiza as melhores soluções de organização e navegação. A análise será focada nesse site porque ele reúne boa estrutura e organização do site, facilidade de acesso às informações, disponibilidade a PDFs detalhados de itinerário, trip report ou divulgação dos passeios. Não está sendo analisado o visual do site em si. Pessoalmente acho errado o fundo de cor escura, deixa a leitura mais cansativa, há chamadas grandes demais na home e não há uma elegância no geral, mas talvez seja até de propósito. Esta é uma análise do site e não dos serviços efetivamente prestados. Os sites pesquisados foram os que apareceram nas dez primeiras páginas do Google como resultado de “Birdwatching trips”. Passeios de alto padrão Essa configuração de passeio é comum no exterior. Para orçamentos menores Para fotógrafos Passeios focados em mamíferos O site capricha em descrever como será o passeio, as espécies mais importantes que possivelmente serão vistas, o que esperar do passeio, grau de dificuldade, ritmo, oportunidades fotográficas, tipo de acomodações, clima. O Rockjumper elaborou uma prática tabela que resume os principais pontos do passeio. Muita informação, mas não informação demais O Rockjumper conseguiu uma solução interessante ao não colocar na home os nomes dos destinos. Eles aparecem depois de clicar em “Destination”, no formato de foto e pequena chamada. Esse visual é convidativo à leitura e desperta curiosidade. No Rockjumper, ao clicar em um dos países, o visitante cai numa página com um slideshow de fotos, um parágrafo com informações básicas sobre a região, e boxes de chamada para os passeios oferecidos. Clicando no passeio você entra em uma tela como esta: No topo já aparecem data, preço e se há lugares. Texto descritivo do que esperar da viagem. Galeria de fotos e link para mais fotos. Link para informações sobre o guia. Link para acessar o itinerário da viagem. Link para os trip reports dessa viagem. Link para o itinerário (descrito em detalhes e com fotos de aves) Além de estarem em um local de fácil visualização (logo no topo da página sobre o passeio, ao lado da tabela de preço e data), as galerias do Rockjumper têm fotos incríveis, de autoria dos clientes, como estas. Também há uma seção de fotos do mês, aparentemente só com fotos tiradas pelos guias. Pelo menu Press Room você pode baixar o PDF do livreto com a programação do ano. Você também pode pedir um exemplar impresso. Poder produzir e imprimir um livreto como esses é uma mostra do tamanho e poder da agência. Tiro meu chapéu para o Rockjumperbirding. Eles têm um site muito bem montado, que dá vontade de ficar passeando e sonhando com os passeios. Eu mesma passei um bom tempo no site, lendo sobre os passeios e vendo as fotos. São viagens caras para a gente, mas nos deixaram pensando se a gente devia gastar mais e guardar menos. O marketing deles entende que nesses passeios as pessoas são fisgadas pelas fotos, sabem que o público é exigente, e fornecem todas as informações possíveis, além de, aparentemente, uma equipe muito experiente e bem treinada em atender bem.
Por que analisar os sites internacionais?
Um site exemplar: Rockjumperbirding
Público-alvo do Rockjumper
Um passeio na Malásia, 15 dias, grupo de 8 pessoas, sem trechos aéreos internacionais nem internos, custa US$ 5.400 em quarto duplo. Esse valor inclui guia, hospedagem pelo menos 4 estrelas, todas as refeições, água engarrafada durante os passeios, transporte terrestre, entradas nos parques, qualquer atividade extra mencionada no itinerário.
A agência configurou alguns passeios com máximo de 10 em vez de 8 participantes, menos dias, hotéis mais simples, sem as garrafas de água e só café da manhã pago. Nesse formato, 12 dias na Malásia saem por US$ 2.930.
O Rockjumper também criou saídas específicas para quem quer tirar fotos e não apenas observar e registrar. Máximo de 6 pessoas, guia que também é fotógrafo.
Também há saídas em que o foco será o avistamento e fotografia de mamíferos.O máximo possível de informações
Organização que torna a leitura convidativa
Muita informação, mas sem parecer opressivo
Textos bem escritos e sem omissões
As informações importantes reunidas em uma só tela
Seleção criteriosa das fotos de divulgação
Divulgação com fotos impactantes
Conclusão
Comunicação e marketing
Ecologia e política
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